1. Lê o texto com atenção:
Quando chegou o
dia de Natal, ao fim da tarde, o cavaleiro dirigiu-se para a gruta de Belém.
Ali rezou no lugar onde a Virgem, São José, o boi, o burro, os pastores, os
pastores, os Reis Magos e os Anjos tinham adorado a criança acabada de nascer.
E, quando na torre das Igrejas bateram as doze badaladas da meia-noite, o
Cavaleiro julgou ouvir um cântico altíssimo cantado por multidões inumeráveis,
a oração dos Anjos:”Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa
vontade.”
Então desceu
sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria, beijou
as pedras da gruta.
Rezou muito,
nessa noite, o cavaleiro. Rezou pelo fim das misérias e das guerras, rezou pela
paz e pela alegria do mundo. Pediu a Deus que o fizesse um homem de boa
vontade, um homem de vontade clara e direita, capaz de amar os outros. E pediu
também aos anjos que o protegessem e guiassem na viagem de regresso, para que,
dai a um ano, ele pudesse comemorar o Natal na sua casa com os seus.
Passado o Natal
o cavaleiro demorou-se ainda mais dois meses na Palestina visitando os lugares
que tinham visto passar Abraão e David, os lugares que tinham visto passar a
arca da aliança, o cortejo da Rainha do Sabá e seus camelos carregados de perfumes,
os exércitos da Babilónia, as legiões romanas e Cristo pregando às multidões.
Depois, em fins
de Fevereiro, despediu-se de Jerusalém e, na companhia de outros peregrinos,
partiu para o porto de Jafa.
Entre esses
peregrinos havia um mercador de Veneza com quem o cavaleiro travou grande
amizade.
Em Jafa foram
obrigados a esperar pelo bom tempo e só embarcaram em meados de Fevereiro.
Mas uma vez no
mar foram assaltados pela tempestade. O navio ora subia na crista da vaga ora
recaía pesadamente estremecendo de ponta a ponta. Os mastros e os cabos
estalavam e gemiam. As ondas batiam com fúria no casco e varriam a popa. O
navio ora virava todo para a esquerda, ora virava todo para a direita, e os
marinheiros davam à bomba para que ele não se enchesse de água. O vento rasgava
as velas em pedaços e navegavam sem governo ao sabor do mar.
- Ah! - pensava
o cavaleiro. - Não voltarei a ver a minha terra.
Mas passados
cinco dias o vento amainou, o céu descobriu-se, o mar alisou as suas águas. Os
marinheiros içaram velas novas e com a brisa soprando a favor puderam chegar ao
porto de Ravena, na costa do Adriático, nas terras de Itália.
in O
Cavaleiro da Dinamarca, Sophia de Mello Breyner ©Ao Encontro das Palavras 2009
- http://vanda51-emportugues.blogspot.com/ (adaptação).
1. Contextualiza este excerto na estrutura da obra a que
pertence.
2.
O título da obra - O Cavaleiro da Dinamarca - dá-nos
de imediato duas informações a respeito da personagem principal. Indica-as.
3.
Indica o local para onde se dirigiu o Cavaleiro da
Dinamarca no dia de Natal e o que aí foi fazer.
4.
Explicita os sentimentos experimentados pelo cavaleiro ao
ouvir as doze badaladas na gruta de Belém, na noite de Natal.
5.
Caracteriza psicologicamente o cavaleiro. Justificando a
tua resposta.
6.
Indica o motivo pelo qual, em Jafa, o Cavaleiro ficou
impossibilitado de prosseguir viagem.
7.
“- Ah! - pensava o Cavaleiro. - Não voltarei a
ver a minha terra.”
7.1. Explica
os motivos da afirmação do Cavaleiro.
8. Refere os locais
por onde passou o cavaleiro.
9. Depois de a
tempestade ter passado, refere o local onde os marinheiros aportaram.
10. “Cântico altíssimo cantado por multidões.”
10.1. Identifica o
adjectivo presente nesta frase e diz em que grau se encontra.
10.2. Indica um
antónimo do adjetivo da frase no grau superlativo absoluto analítico
11. “Depois, em fins de Fevereiro, despediu-se de Jerusalém
e, na companhia de outros peregrinos, partiu para o porto de Jafa.
Entre esses peregrinos havia um mercador de Veneza com quem o
cavaleiro travou grande amizade.
“
11.1.Indica o modo e o tempo das formas verbais
a negrito na frase.
11.2.Coloca a primeira frase no pretérito
mais-que-perfeito do indicativo e a segunda frase no condicional.
11.3. Classifica as
palavras sublinhadas.
12. Na
descrição da tempestade, são utilizadas várias personificações.
12.1.Dá um exemplo, justificando
a tua resposta e indicando o seu valor expressivo.
13. Indica o
hiperónimo das seguintes palavras: Jerusalém, Veneza e Ravena
14. Imagina que és dono da
livraria e que um cliente gostaria de saber um resumo da parte inicial de “O
Cavaleiro da Dinamarca”. Reconta a história, tendo em conta o provérbio
popular “Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto”. Deves usar dois modos
de representação do discurso (descrição e narração) e recursos expressivos
(metáforas, personificações, comparações, enumerações e adjetivação
expressiva).
deveria haver soluçoes, sem soluçoes nao podemos ver onde erramos, ou seja nao adianta!! resolvam isto porfavor!!!!!!!!!!
ResponderEliminar