08/07/2010

O Discurso Directo e Indirecto

  1. Passe para o discurso indirecto as frases seguintes:








1.1.  Jorge: Penso que ele não vai aguentar a situação muito tempo.
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1.2.  Pedro: Esta semana tenho de ir a casa da Paula.
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1.3.  Ana: Esta casa é muito bonita.
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1.4.  D. Joana: Paulo, traz a mala para esta sala, se fazes favor.
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1.5.  Sr. Fernandes: Espero que eles cheguem cedo.
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1.6.  Pai: Lavem o carro fora da garagem.
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2.        Agora, passe estas para o discurso directo:


2.1.  O Jorge e o Pedro pediram-me que te dissesse para ires a casa deles amanhã à noite.
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2.2.  O João disse que tinha estado com a Mariana no dia anterior.
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2.3.  O Sr. Torres pediu-lhes que levassem o armário para cima.
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2.4.  O João disse que queria que fôssemos com ele no fim de semana.
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2.5.  O Manuel perguntou ao Pedro se precisava de ajuda.
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2.6.  O Pedro disse-lhe que o Jorge queria que ele fosse no dia seguinte à noite a casa dele.
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in, Vamos lá continuar!, LIDEL ed.
                                                                                                          

Ficha Formativa de Português 10º e 11° anos - funcionamento da língua

1.     Lê seguinte texto:

UMA ESTRANHA CIDADE


     Lisboa é uma capital remendada por quem não sabe, e a que só o sol confere urna certa mediocridade aceitável. Sem ele o dia a dia seria menos atraente. Não por causa do seu tecido velho, ou melhor, antigo, e até agradável, e até bonito, às vezes, mas dos remendos de pano novo em folha, grosso, agressivo, luxuoso mas, mais frequentemente, novo rico. Vamos por uma rua fora, uma rua de sempre, desbotada, sensata e lá está ele, o remendo cheio de cores novas, de vidraças enormes, de escritórios e empresas, de porta majestosa com porteiro fardado e plantas verdes.
     Às vezes acontece passarmos por uma rua onde não passávamos há um, há dois anos, e onde havia um bonito prédio antigo, com loja, com gato à janela, com varanda florida, e já não há prédio, só remendo gritante, violento, deserto à noite.
É uma estranha cidade, Lisboa, e, por este andar, um dia, lá adiante, o Castelo dos mouros e os Jerónimos e a Torre de Belém serão nela coisas anacrónicas e talvez, quem sabe, consideradas ladras de espaço útil. Eis-nos, pois, numa cidade remendada que vai expulsando de si os habitantes antigos e que expulsará mais tarde outros habitantes que serão antigos, e outros e outros, até à perfeição. Talvez venha a ser um dia, se a bomba ou o míssil o consentirem, a primeira capital sem moradores deste mundo.

MARIA JUDITE DE CARVALHO, Crónica
1.1 A partir do texto, forma um campo lexical relativo a cidade, e outro que com ele esteja relacionado.

1.2 Os campos lexicais que formaste são, simultaneamente, famílias de palavras? Justifica.

2. “Lisboa é uma capital remendada”.

2.1. Escreve urna frase onde insiras uma palavra homónima da palavra sublinhada na frase.

2.2. Porque é que estas duas palavras são homónima e não polissémicas?

3. “ a que só o sol confere uma certa mediocridade aceitável.”

3.1. Escreve urna frase em que dês à palavra sublinhada um novo sentido.

3.2 Qual a relação entre estas duas palavras?

3.3. Completa a frase:
Estas duas frases pertencem ao mesmo campo _________________________.

4. A autora do texto faz um relato irónico da cidade de Lisboa, recorrendo a urna linguagem figurada, plena de conotações.

4.1. Retira do texto duas expressões com sentido conotativo.

4.2. Escreve duas novas frases em que as expressões que retiraste do texto apresentem o seu sentido denotativo.

5. Encontra sinónimos e antónimos para as seguintes palavras, tendo sempre em consideração o contexto em que estão inseridas. (Se for necessário consulta um dicionário)

. mediocridade (linha 2)

. estranha (linhal 1)

. consentirem (linhal 6)

6. Encontra um hiperónimo para cada urna das seguintes palavras.

. Lisboa (linha l)

. porteiro (linha 7)

. prédio (linha 9)

6.1. A partir dos hiperónirnos encontrados na questão anterior, forma conjuntos de hipónimos com eles relacionados.





     Tópicos de Resolução

1.1            Campo lexical de cidade: Lisboa, capital, rua, vidraças, escritórios, prédio, loja, janela, varanda, espaço, habitantes...

             Campo lexical de habitação: vidraças, porta, janela, varanda, prédios, habitantes…
1.2.   Não, apenas a palavra habitantes é da mesma família da palavra habitação. Não são famílias de palavras porque não partem da mesma palavra primitiva, não possuem o mesmo radical.

2.1. Aquela empresa tem muito capital para investir.

2.2. Estas duas palavras são homónimas, pois resultam de dois significantes com significados diferentes, são duas palavras totalmente distintas. Só seriam polissémicas se tivessem partido do mesmo significante.

3.1. És o sol da minha vida!

3.2. São palavras polissémicas.

3.3.semântico.

4.1 “Lisboa é uma capital remendada...” (linha 1)
     “Não por causa do seu tecido velho (linha 2,3)

4.2 A camisa já estava remendada.
    Comprei um tecido velho na feira da ladra.

5. banalidade, vulgaridade/ excepcionalidade
    anormal, esquisita/ normal, vulgar
    permitirem/ impedirem

6. Capital
    Profissão
   Construção

6.1. Capital: Lisboa, Paris, Londres, Madrid...
      Profissão: pedreiro, médico, professor, contabilista...
      Construção: pontes, edifícios, monumentos...

Sentido denotativo / Sentido conotativo

 DENOTAÇÃO (ou sentido denotativo):
é o sentido real das palavras, aquele que todas as pessoas conhecem e que é igual para todos. Verifica-se quando as palavras são utilizadas sem intenções especiais ou sem sentidos secundários.

CONOTAÇÃO ( ou sentido conotativo):
é um sentido figurado que damos às nossas palavras.Existe quando queremos dar um valor expressivo ao que dizemos. As palavras usadas significam uma coisa diferente daquela que as pessoas sabem. Será um significado secundário, o da nossa imaginação

Exercícios:



SENTIDO DENOTATIVO OU CONOTATIVO ?

1- Este ano, se eu não estudar, é certo que chumbo __________________
2- O pássaro foi atingido por um chumbo. _________________________
3- Esta batata não tem bom sabor ! ______________________________
4- Repara naquele batata, que nem falar sabe ! _____________________
5- Eu leio sempre o jornal diário.________________________________
6- Leio nos teus olhos que não estás feliz !________________________

MODOS E TEMPOS VERBAIS – conjugação simples

MODOS E TEMPOS VERBAIS – conjugação simples

O MODO INDICATIVO é o modo da realidade, das certezas, em relação ao presente, passado e futuro.

O Presente do Indicativo refere factos actuais:
Ex. Faço; ponho; dou;

O Pretérito Imperfeito pode traduzir uma acção que durava ou que era habitual; (usa mentalmente a expressão
“antigamente eu...” para colocar o verbo nesse tempo)
Ex. Fazia; punha; dava;

O Pretérito Perfeito traduz uma acção pontual passada; (usa mentalmente a expressão “ontem eu...”, e não
esqueças de confirmar se a terminação da 2ª pessoa do singular é –ste – repara no exemplo...)
Ex. Fiz/ fizeste; pus /puseste; dei /deste;

O Pretérito mais-que-perfeito só se usa para traduzir uma acção anterior a outra, também passada e o tempo
simples pertence a um nível de língua cuidado. ( a sua terminação é sempre em – ra;
Ex. fizera; pusera; dera;

O Futuro Simples usa-se para exprimir uma acção posterior ao momento da fala ou da escrita, muitas vezes é
substituído pelo Presente (a sua terminação é sempre em – rão);
Ex. farão; porão; darão;

O MODO CONJUNTIVO exprime, não a realidade, mas a possibilidade, o desejo ou a dúvida e normalmente integra uma
oração subordinada.

Para colocares o verbo no Presente do Conjuntivo, usa mentalmente a expressão “queres que eu hoje...” e
colocarás o verbo nesse tempo)
Ex. faça; ponha; dê;

Pretérito Imperfeito do Conjuntivo escreve-se sempre com ss (e encontra-lo se mentalmente usares a expressão
“ se eu ontem...”)
Ex. fizesse; pusesse; desse...

O Futuro do Conjuntivo coloca a acção como muito provável, ou com valor condicional. (Se mentalmente usares a
expressão “Quando eu...” transporás o verbo para esse tempo)
Ex. fizer; puser; der.

O MODO IMPERATIVO é usado para formular um pedido ou dar uma ordem.
Só possui duas pessoas verbais (tu / vós ) e vai buscar ao Presente do Conjuntivo as pessoas verbais que não
possui ( Faça! Façamos! Façam!)
Ex. Faz!; Põe! ; Dá!

O MODO CONDICIONAL é usado para traduzir a possibilidade de realização de uma acção sob condição, concretizada ou
não. ( Reconhece-lo facilmente pela terminação em – ria)
Ex. faria; poria; diria;

Poema do coração

1.     Lê atentamente o poema que se segue:


Poema do coração

Eu queria que o Amor estivesse realmente no coração,  
e também a Bondade,
 
e a Sinceridade,
 
e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração
 
Então poderia dizer-vos:
 
"Meus amados irmãos,
 
falo-vos do coração",
 
ou então:
 
"com o coração nas mãos".

Mas o meu coração é como o dos compêndios 
Tem duas válvulas ( a tricúspide e a mitral)
 
e os seus compartimentos (duas aurículas e dois ventrículos).
 
O sangue a circular contrai-os e distende-os
 
segundo a obrigação das leis dos movimentos.

Por vezes acontece 
ver-se um homem, sem querer, com os lábios apertados
 
e uma lâmina baça e agreste, que endurece
 
a luz nos olhos em bisel cortados.
 
Parece então que o coração estremece.
 
Mas não.
 
Sabe-se, e muito bem, com fundamento prático,
 
que esse vento que sopra e ateia os incêndios,
 
é coisa do simpático.
 
Vem tudo nos compêndios.

Então meninos! 
Vamos à lição!
 
Em quantas partes se divide o coração?"

António Gedeão , Poesias Completas, Sá da Costa ED.










I

1.       Classifica as estrofes no que se refere ao número de versos.

2.       Faz o esquema rimático do poema. (No poema)

3.       Identifica os tipos de rima presentes no poema.



4.       Conta as sílabas métricas do último verso do poema.

II

1.       Faz o levantamento do vocabulário que se refere ao coração enquanto órgão do corpo humano.

2.       Selecciona as palavras que remetem para os sentimentos do coração.



3.       Quais os sentimentos que o sujeito poético gostaria que estivessem no coração?


3.1. Que outro sentimento pensas que ele gostaria de incluir, quando refere “e tudo, e tudo mais”?

4.       Achas que o poema Sá resposta à pergunta do último verso? Justifica devidamente a tua resposta com exemplos do poema.


5.       Identifica o recurso expressivo presente na segunda estrofe. (Não te esqueças de transcrever o exemplo). 

O predicado

O predicado é tudo o que se diz do sujeito.

Observa a frase:

       O João deu um ramo de rosas à avó.

O que é que se diz do João? Resposta: deu um ramo de flores à avó.

     Deu um ramo de flores à avó – é o predicado.
      
      O verbo faz sempre parte do predicado ( assim como os complementos directo e indirecto).

Exercícios

1. O cão roeu o osso.

1.1.Descreve o raciocínio que fazes para identificares o predicado desta oração.

_______________________________________________________________________

1.2. Diz qual é o predicado desta oração?

______________________________________________________________________

2. Sublinha o predicado das seguintes frases:

2.1. O João come o pão.

2.2. A mãe fez um bolo.

2.3.O pai rega o jardim.

2.4. O vento arrasta as folhas caídas.

3. Inventa predicados para os seguintes sujeitos:

3.1. A Maria e a mãe ______________________________________________________

3.2. Tu _______________________________________________________________

3.3. Os meus colegas ____________________________________________________

3.4. O João ___________________________________________________________




O complemento directo

Repara na frase:

       A Maria comeu um gelado.

O verbo, que é a primeira palavra a identificar, encontra-se sublinhado.

Agora pergunta ao verbo:

      O que comeu a Maria ? resposta: um gelado.

Um gelado é o complemento directo da oração.


1.  Sublinha o complemento directo das seguintes orações ( não te esqueças que a forma de o encontrares é perguntar ao verbo – o quê?

1.1. O Luís joga ténis.

1.2.  Os leões tem um porte altivo.

1.3. A minha amiga Ana escreveu um lindo texto.

1.4. Ele tem uma bicicleta nova.


2. Completa as frases que se seguem, acrescentando-lhes um complemento directo.


2.1. O meu filho adora ____________________________________________________

2.2.O teu cão tem _______________________________________________________

2.3. A Maria e a Joana compraram ___________________________________________

2.4.O Pedro declamou___________________________________________________

OS ADJECTIVOS

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As palavras que nos dizem como são ou como estão as pessoas, as coisas e os animais chamam-se adjectivos.

1- Assinala com um ( X ) os adjectivos:

caderno

 

lindo

 

limpo

 

triste

 

vermelho

 

bola

 

redonda

 

2. Completa com os adjectivos apropriados:

a) O filme que passa esta tarde na TV é ____________ .

b) Eu comi uma ____________ maçã.

c) A Ana tem cabelos ____________ e ____________ .

d) Dei um passeio ____________ .

e) No jardim vi flores ____________ e ____________ .

5- Copias as frases e sublinha os adjectivos:

a) A nova professora é simpática.

b) A Paula é uma aluna estudiosa e aplicada.

c) É uma égua mansa e esperta

 

3.  Tomando por base os números que demos aos graus dos adjectivos do quadro à direita, assinala com esses números os graus em que se encontram os adjectivos das frases.

A. O meu jardim é o mais bonito de todos.

   

Grau normal

1

B. O meu cão é muito brincalhão.

   

Grau comparativo de igualdade

2

C. O Jorge é tão magro como o Carlos.

   

Grau comparativo de superioridade

3

D. A Paula é mais gorda que a Rosa.

   

Grau comparativo de inferioridade

4

E. O jardim é lindíssimo.

   

Superlativo absoluto analítico

5

F. O vaso é preto.

   

Superlativo absoluto sintético

6

G. O Zeca é menos alto que a irmã.

   

Superlativo relativo de superioridade

7

Ficha de avaliação - 6º ano

Little boy putting egg in nestSEI UM NINHO!

      Comiam todos o caldo, recolhidos e calados, quando o menino disse:
   - Sei um ninho!
   A mãe levantou para ele os olhos negros, a interrogar. O pai, esse, nem ouviu. Mas o pequeno, ou para responder à Mãe ou para acordar o Pai, repetiu:
   - Sei um ninho!
   O Velho ergueu finalmente as pálpebras, e ficou atento também.
   A criança, então, um tudo-nada excitada, contou. Contou que à tarde, na altura em que regressava a casa com a ovelha, vira sair um pintassilgo de dentro de um grande cedro.
   A mãe bebia as palavras do filho. 
   Mas o menino continuou. O cedro era enorme, muito grosso e muito alto. A subida levou tempo. Firmava primeiro os braços; e só então as pernas avançavam até onde podiam.
    Nem o Pai nem a Mãe diziam nada. Deixavam, apavorados, mudos, que o pequeno chegasse ao cimo. O ninho só tinha um ovo. Depois de pegar no ovo, de contente dera-lhe um beijo. E ao simples calor da sua boca, a casca estalara ao meio e nascera lá de dentro um pintassilgo depenadinho.
   E o menino contava esta maravilha com a sua inocência costumada. Por fim pôs amorosamente o passarinho entre a penugem da cama e desceu.
   E agora, um nada comprometido, mas cheio de felicidade, sabia um ninho!

Miguel Torga - Contos (adaptado)

1. "Sei um ninho!"
     Regista, a partir das palavras que se seguem, o que significa esta frase repetida.
a) satisfação
b) vaidade
c) decepção
d) ansiedade
e) surpresa
f) informação
g) segredo

1.1. Justifica a tua resposta.

2. Quem diz a frase? A quem é dita?

2.1. Qual a reacção que provoca nos dois ouvintes? Com frases extraídas do texto justifica a tua resposta.

3. Como se deu a descoberta do ninho?

4. Que sentimento domina as personagens  durante a narração do menino?

5. Faz o levantamento das expressões que caracterizam psicologicamente o menino.

6. Repara na forma como a autor se refere à personagem principal: o menino ( três vezes); o pequeno ( duas vezes); a criança ( uma vez).

6.1. Como explicas esta forma de tratamento?
6.2. Qual te parece mais expressiva?
6.3. Procura justificar o seu emprego quanto ao número de vezes que aparece.

II

1. " A Mãe levantou para ele os olhos negros, a interrogar"

1.1. Classifica morfologicamente e de forma completa as palavras que se apresentam a negrito na frase.

2 . Classifica quanto ao processo de formação as seguintes palavras:

a) Apavorar
b) Pavoroso
c) Pavor
d) Pavorosamente

III
Depois de leres atentamente o texto escreve um pequeno texto onde apresentes qual seria o teu comportamento numa situação idêntica.

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