29/10/2010

Fábula - OS RATOS REUNIDOS EM CONSELHO

OS RATOS REUNIDOS EM CONSELHO

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Há muito tempo, os ratos reuniram em conselho para decidir a maneira de se verem livres do gato que andava permanentemente à caça deles. Porque o gato era muito esperto. Deslocava-se furtivamente, sem fazer barulho, e, quando atacava, era mais rápido e mortífero do que o relâmpago.

Vários ratos expuseram as suas ideias, e a reunião prolongou-se pela noite fora. Nenhum dos planos parecia resultar, até que um rato muito novo pediu a palavra.

- Proponho – disse ele – que se pendure um guizo ao pescoço do gato. E, assim, cada vez que ele se mexer, o guizo toca e avisa-nos do perigo. Ouvimos o som e temos tempo de fugir.

Os outros ratos acharam que era uma óptima ideia e foi uma chiadeira de entusiasmo e aplausos. Então, um velho rato, que tinha ficado calado durante todo o tempo, levantou-se e disse com gravidade.

- É uma excelente proposta, e tenho a certeza de que vai dar resultado. Mas pergunto uma coisa.

Calou-se.

- O que é? Faça a pergunta – chiaram os outros ratos.

- Quem – disse o velho rato – vai pendurar o guizo ao pescoço do gato?

Desta vez, nenhum dos ratos teve mais nada a dizer.

É mais fácil ter ideias que realizá-las.

Fábula de Esopo.

Versão de Ricardo Alberty

Responde às seguintes questões:

  1. Qual é o motivo desta reunião?

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  1. Era fácil encontrar uma solução? Justifica com frases do texto.

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  1. A sugestão do rato mais novo foi bem aceite? Justifica.

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  1. Houve um rato que não participou na « … chiadeira de entusiasmo e aplausos».

Quem foi? E porquê?

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  1. O rato mais velho fez uma pergunta a que ninguém respondeu.

No entanto, há um provérbio que pode aplicar-se muito bem a esta situação: « Não responder é resposta.»

Estás de acordo? Que resposta significou, então, o silêncio dos ratos?

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  1. A moralidade: « É mais fácil ter ideias do que realizá-las

Entre os cinco provérbios seguintes , escolhe dois que resumam igualmente a mensagem desta fábula:

A bom entendedor meia palavra basta.

Palavras sem obras são tiros sem balas.

Apressada pergunta, vagarosa resposta.

Se queres ser bom juiz ouve o que cada um diz.

Do dito ao feito vai um grande eito.

O Fantasma

  1. Lê o texto com muita atenção.

O FANTASMA

O Mário aimageschava aquilo verdadeiramente esquisito. Acontecia todos os dias e à mesma hora. Sempre que ele regressava das aulas, punha o almoço em cima da mesa e ia lavar as mãos à casa de banho. Quando vinha para se sentar, o almoço tinha desaparecido. Parecia magia!

Ora, um dia, o Mário resolveu dar mais atenção ao caso. Como de costume, era meio-dia. Pôs o almoço em cima da mesa e, em vez de ir lavar as mãos à casa de banho, escondeu-se atrás da porta para ver o que se passava. Pela fisga, com cuidado, espreitou. Não se via lá muito bem, mas sempre era melhor que nada.

De repente, como um relâmpago, na mesa surgiu uma sombra branca com uns olhos muito brilhantes…Era assustador! Em segundos, aquela sombra misteriosa devorou o almoço do Mário. Depois desapareceu sem se saber como.

O Mário estava aterrado!... Mas ele, com medo que aquela coisa estranha o visse, não gritou nem nada.

À noite, quando os pais regressaram do trabalho, o Mário contou:

- Vi um fantasma!

- Um fantasma? – Perguntaram os pais com ar de brincadeira.

- Vi mesmo. Eu sei que vi. Foi ao meio-dia. Ele até comeu o almoço…

- Os fantasmas não existem, Mário – explicou o pai – Do que te havias de lembrar!

- O que as crianças hoje inventam para não comerem a sopa! – Dizia a mãe.

O Mário insistia mas os pais continuavam sem acreditar. Mas, ele tanto insistiu, tanto insistiu que, no dia seguinte, o pai resolveu vir almoçar a casa para ver se aquilo era verdade.

Armindo Reis, O Sol da nossa rua

  1. Responde, sempre de forma completa:

a) Que tipo de narrador encontras neste texto? Justifica a tua resposta.

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b) Faz a localização espacial da acção do texto.

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c) Quais são as personagens do texto?

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d) Classifica as personagens quanto à sua importância na acção.

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e) Por que razão é que o Mário andava preocupado?

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f) O que resolveu fazer para descobrir o mistério?

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g) Descreve o que o Mário viu.

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h) Qual foi a reacção dos pais?

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i) E tu, acreditas em fantasmas? Justifica a tua resposta.

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II

a) Descobre os sinónimos das palavras sublinhadas:

Ele teve cautela. _____________________________________

O pai resolveu vir almoçar. _____________________________

b) Descobre os antónimos das palavras sublinhadas:

De repente ele surgiu. _________________________________

O Mário insistiu. _____________________________________

c) Lê as frases e coloca as palavras sublinhadas no lugar certo

De repente, como um relâmpago, surgiu uma sombra branca com uns olhos brilhantes. Em segundos aquela sombra misteriosa devorou o seu almoço. O Mário contou tudo aos pais mas estes não acreditaram.

Nomes

Determinantes

Adjectivos

Pronomes



     

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