06/05/2010

A Fada Oriana

A FADA DAS CRIANÇAS

Do seu longínquo reino cor-de-rosa,

Voando pela noite silenciosa,

A fada das crianças vem, luzindo.

Papoulas a coroam, e, cobrindoclip_image001

Seu corpo todo, a tornam misteriosa.

À criança que dorme chega leve,

E, pondo-lhe na fronte a mão de neve,

Os seus cabelos de ouro acaricia -

E sonhos lindos, como ninguém teve,

A sentir a criança principia.

E todos os brinquedos se transformam

Em coisas vivas, e um cortejo formam:

Cavalos e soldados e bonecas,

Ursos pretos, que vêm, vão e tornam,

E palhaços que tocam em rabecas...

E há figuras pequenas e engraçadas

Que brincam e dão saltos e passadas...

Mas vem o dia, e, leve e graciosa,

Pé ante pé, volta a melhor das fadas

Ao seu longínquo reino cor-de-rosa.

Fernando Pessoa, Poesias Inéditas


1. Lê, atentamente, este belo poema e completa:

A Fada das __________ vivia num __________ reino cor-de-rosa. Tinha na cabeça uma coroa de _________. Acariciava os cabelos _________ da criança com a sua mão _________ e transformava os brinquedos em coisas _______. Quando vinha o ____ a fada regressava _________ e _________ ao seu longínquo reino _____________.

2. Explica por palavras tuas as expressões:

“a mão de neve” _________________________________________________

“cabelos de ouro” ________________________________________________

3. Porque regressava, pé ante pé, a fada ao seu reino?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1. Lê, atentamente, este excerto e responde clara e completamente às questões que te são propostas:

Cá fora a tarde estava maravilhosa e fresca. A brisa dançava com as ervas dos campos. Ouviam-se pássaros a cantar. O ar parecia cheio de poeira de oiro.

Oriana foi pela floresta fora, correndo, dançando e voando, até chegar ao pé do rio. Era um rio pequenino e transparente, quase um regato e nas suas margens cresciam trevos, papoilas e margaridas. Oriana sentou-se entre as ervas e as flores a ver correr a água. E ouviu uma voz que a chamava:

- Oriana, Oriana.

A fada voltou-se e viu um peixe a saltar na areia.

- Salva-me, Oriana – gritava o peixe. – Dei um salto atrás de uma mosca e caí fora do rio.

Oriana agarrou no peixe e tornou a pô-lo na água.

- Obrigado, muito obrigado – disse o peixe, fazendo muitas mesuras. – Salvaste-me a vida e a vida de um peixe é uma vida deliciosa. Muito obrigado, Oriana. Se precisares de alguma coisa de mim lembra-te que eu estou sempre às tuas ordens.

- Obrigada – disse Oriana -, agora não preciso de nada.

- Lembra-te da minha promessa. Nunca esquecerei que te devo a vida. Pede-me tudo o que quiseres. Sem ti eu morreria miseravelmente asfixiado entre os trevos e as margaridas. A minha gratidão é eterna.

- Obrigada – disse a fada.

- Boa tarde, Oriana. Agora tenho de me ir embora, mas quando quiseres vem ao rio e chama por mim.

E com muitas mesuras o peixe despediu-se da fada.

Oriana ficou a olhar para o peixe, muito divertida, porque era um peixe muito pequenino, mas com um ar muito importante.

E quando assim estava a olhar para o peixe viu a sua cara reflectida na água. O reflexo subiu do fundo do regato e veio ao seu encontro com um sorriso na boca encarnada. E Oriana viu os seus olhos azuis como safiras, os seus cabelos loiros como as searas, a sua pele branca como os lírios e as suas asas cor do ar, claras e brilhantes.

- Mas que bonita que eu sou – disse ela. – Sou linda. Nunca tinha pensado nisto. Nunca me tinha lembrado de me ver! Que grandes que são os meus olhos, que fino é o meu nariz, que doirados que são os meus cabelos! Os meus olhos brilham como estrelas azuis, o meu pescoço alto e fino como uma torre. Que esquisita que a vida é! Se não fosse este peixe que saltou para fora da água para apanhar a mosca, eu nunca me teria visto. As árvores, os animais e as flores viam-me e sabiam como eu sou bonita. Só eu nunca me via!

Sophia de Mello Breyner Andresen in IV – O Peixe, A Fada Oriana,

1. Indica se as afirmações são verdadeiras ou falsas:

 

VERDADEIRO

FALSO

a) Estava uma manhã maravilhosa.

   

b) Oriana caminhava calmamente.

   

c) O peixe tentou apanhar uma borboleta.

   

d) O peixe pediu ajuda a Oriana.

   

e) Oriana salvou a vida ao peixe.

   

f) O peixe partiu sem agradecer.

   

g) Oriana ficou admirada com a sua beleza.

   

h) Os animais já lhe tinham dito que era muito bela.

   

2. Para recordares algumas características de um texto narrativo, completa o seguinte texto.

Esta narrativa está escrita na ____ pessoa. Por isso o narrador não está _______ na acção. É um narrador ___________. A acção localiza-se _______________ durante a _________.

3. Atenta nas palavras sublinhadas e em itálico no texto e completa.

Todas as palavras sublinhadas pertencem à classe aberta _______________. Com elas o texto ficou mais bonito, rico e interessante. Os _____________ estão colocados ________ dos verbos e _________ dos nomes. As palavras em itálico pertencem à classe aberta __________________ e encontram-se no tempo verbal ________________________.

4. Procura no dicionário o significado das palavras:

Estática _______________________________________________

dinâmica _______________________________________________

5. Na frase “Cá fora a tarde estava maravilhosa e fresca” a descrição é ____________ e na frase “A brisa dançava com as ervas dos campos” a descrição é ____________.

6. Completa o quadro com frases do texto.

Recursos expressivos

Exemplos

Significado da expressão

Personificação

Adjectivação

Comparação

7. Atenta na conversa entre a fada Oriana e o peixe.

Para introduzir a fala destas personagens utilizou-se um novo _____________, dois _______, o __________ e os verbos __________ (chamava, disse, gritava) que aparecem _________ e no _________ das falas das personagens. Depois deste diálogo Oriana fala com ela mesma sobre a sua beleza. Estamos, assim, perante um ____________.

 

8. Ao leres este texto tinhas, com certeza, os teus sentidos bem apurados porque são eles que te permitem experimentar diferentes tipos de ___________. Completa o quadro com frases do texto.

Sensações

Exemplos

Táctil

Visual

Auditiva

Olfactiva

A partir do primeiro encontro com o peixe, Oriana fica maravilhada com a sua beleza. Esquecerá os seus deveres e ocupará o seu tempo a ver-se ao espelho ou nas águas do rio. Tornou-se narcisista.

Esta característica está relacionada com a seguinte história.

Era uma vez…um jovem chamado Narciso que vivia na Grécia antiga, admirado por todos pela sua incomparável beleza. Narciso era muito vaidoso da perfeição do seu gosto e da graciosidade do seu corpo e jamais perdia a oportunidade de contemplar o seu reflexo nas águas dos lagos por onde passava. Fascinado, passava horas a fio a admirar o brilho dos seus grandes olhos negros, o nariz delgado, os lábios finos e a bela cabeleira encaracolada coroando o seu magnífico rosto oval. Dir-se-ia que, do céu, tinha descido um escultor para criar um corpo com membros tão harmoniosos e isentos de defeitos que era a encarnação perfeita da beleza sonhada por todos os homens. Um dia, Narciso, passou junto de um rochedo sobranceiro a uma lagoa cujas águas límpidas e geladas reflectiam a sua imagem.

- Como és belo, Narciso! Não existe sobre a terra nenhum ser tão perfeito como tu! Adorava poder beijar-te! – exclamou o jovem debruçando-se.

O desejo de beijar a sua própria imagem foi tão intenso que se inclinou demasiado e perdeu o equilíbrio caindo dentro de água. Como não sabia nadar, morreu afogado. Quando os deuses se aperceberam que a criatura mais linda da terra tinha morrido, decidiram que tamanha formosura jamais deveria cair no esquecimento. Transformaram Narciso numa linda flor perfumada, que floresce todas as Primaveras nos flancos das montanhas e que se chama narciso.

Faz, agora, a descrição física e psicológica do jovem Narciso.

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Ulisses, de Maria Alberta Menéres

I
Dá respostas breves sem, no entanto, descuidares a correcção e a sintaxe.

1- A história de Ulisses tem muitos milhares de anos.

1.1 – Quem a contou pela primeira vez?

1.2 – Quem a conta no livro que acabaste de ler?

1.3 – Quem era Ulisses?

2- Gregos e Troianos envolveram-se numa guerra.

2.1- Por que motivo se iniciou essa guerra?

2.2- Por que razão Ulisses se fingiu de doido?

2.3- Os gregos conseguiram finalmente vencer os troianos porque…
(Assinala a resposta correcta com uma cruz.)
 os troianos os enganaram com um cavalo de madeira.
 os gregos desistiram do cerco de Tróia.
 os troianos lhes abriram as portas da cidade.
 em Tróia não havia cavalos.
 Ulisses engendrou um plano para os derrotar.
 os troianos se cansaram do cerco.

3- “Cheios de saudades os Gregos meteram-se nos barcos…”
A partir de agora começa a grande aventura de Ulisses que terá de enfrentar o Desconhecido.
Organiza a sequência das aventuras que o herói viveu.
Ulisses foi parar a uma ilha, onde os marinheiros gregos foram transformados em porcos.
Teve de atravessar o mar das sereias que encantavam os marinheiros com a sua bela voz.
Levado pelos Feácios até Ítaca, Ulisses disfarça-se de mendigo para vencer os pretendentes de Penélope.
Foi parar a uma das ilhas do arquipélago da Ciclópia.
Dirigiu-se à Ilha dos Infernos, onde vagueavam as almas dos mortos.
Sofreu violentos naufrágios.
É lançado nas praias de Córcira, ilha dos Feácios.
Desembarcou na Eólia, onde o rei dos ventos lhe ofereceu um saco de pele de boi onde fechou todos os ventos violentos do mundo.
4- Uma misteriosa corrente marítima arrastou o navio de Ulisses até à Ciclópia.

4.1- Indica duas características dos ciclopes.

4.2- Que estratagema de Ulisses impediu os outros ciclopes de ajudarem o seu irmão?

4.3- Como conseguiram os gregos escapar?

5- O Rei dos Ventos ofereceu-lhe um saco onde fechou todos os ventos violentos.

5.1- O que é que o rei recomendou a Ulisses?

5.2- Que sentimento despertou nos marinheiros o saco que Ulisses recebeu?

5.3- Quais as principais consequências da atitude dos marinheiros?

6- Na Ilha dos Infernos Ulisses é informado sobre o que se passava em Ítaca.

6.1- Primeiramente quem lhe dá as informações sobre Ítaca?

6.2- Como conseguiu Ulisses que essa personagem falasse com ele?

7- Todos julgavam Ulisses morto e, por isso, segundo a lei de Ítaca havia um modo de dar um novo rei à Pátria.

7.1- Como era?

7.2- A mulher de Ulisses não queria casar de novo. Porquê?

7.3- Como é que ela conseguia ir adiando a escolha de um dos pretendentes?

8- Ao chegar ao Mar das Sereias os marinheiros param de remar.

8.1- Quem tinha avisado os marinheiros sobre o canto da sereias?

8.2- O que fizeram os marinheiros para não as ouvir?

8.3- E Ulisses, como procedeu?

9- Depois de enfrentar muitos perigos, Ulisses chega a Ítaca e, disfarçado de mendigo, aproxima-se do seu palácio.

9.1- Quem o reconheceu?

9.2- Como é que Ulisses foi recebido pelos pretendentes de sua mulher?

9.3- Como é que Ulisses e seu filho se vingaram?

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

GRUPO I

Lê com atenção o texto que se segue:O-Gato-Malhado-e-a-Andorinha-Sinha

Quando a Primavera chegou, vestida de luz, de cores e de alegria, olorosa de perfumes sutis, desabrochando as flores e vestindo as árvores de roupagens verdes, o Gato Malhado estirou os braços e abriu os olhos pardos, olhos feios e maus. Feios e maus, na opinião geral. Aliás, diziam que não apenas os olhos do Gato Malhado reflectiam maldade, e sim, todo o corpanzil forte e ágil, de riscas amarelas e negras. Tratava-se de um gato de meia-idade, já distante da primeira juventude, quando amara correr por entre as árvores, vagabundear nos telhados, miando à lua cheia canções de amor, certamente picarescas e debochadas. Ninguém podia imaginá-lo entoando canções românticas, sentimentais.

Naquelas redondezas não existia criatura mais egoísta e solitária. Não mantinha relações de amizade com os vizinhos e quase nunca respondia aos raros cumprimentos que, por medo e não por gentileza alguns passantes lhe dirigiam. Resmungava de mau humor e voltava a fechar os olhos como se lhe desagradasse todo o espectáculo em redor.

Era, no entanto, um belo espectáculo, a vida em torno, agitada ou mansa. Botões nasciam perfumados e desabrochavam em flores radiosas, pássaros voavam entre trinados alegres (...)

Do Gato Malhado ninguém se aproximava. As flores fechavam-se se ele vinha em sua direcção: dizem que certa vez derrubara, com uma patada, um tímido lírio branco pelo qual se haviam enamorado todas as rosas. Não apresentavam provas mas quem punha em dúvida a ruindade do gatarraz? Os pássaros ganhavam altura ao voar nas imediações do esconso onde ele dormia. Murmuravam inclusive ter sido o Gato Malhado o malvado que roubara o pequeno Sabiá, do seu ninho de ramos. (…) Provas não existiam, mas que outro teria sido? Bastava olhar a cara do bichano para localizar o assassino. Bicho feio aquele. (…)

Assim vivia ele quando a Primavera entrou pelo parque adentro, num espalhafato de cores, de aromas de melodias. Cores alegres, aromas de entontecer, sonoras melodias. (…)

I A Andorinha Sinhá, além de bela, era um pouco louca. Louquinha, fica-lhe melhor. Apesar de ainda frequentar a escola dos pássaros – onde o Papagaio ditava a cátedra de religião – tão jovem que os respeitáveis pais não a deixavam sair à noite sozinha com os seus admiradores, mas já era metida a independente, orgulhando-se de manter boas relações com toda a gente do parque. Amiga das flores e das árvores, dos patos e das galinhas, dos cães e das pedras, dos pombos e do lago. Com todos ela conversava, um arzinho suficiente, sem se dar conta das paixões que ia espalhando ao passar. (…)

Apesar de todas essas relações e admirações, uma sombra anuviava a vida da Andorinha Sinhá, razão de ser deste atrasado capítulo inicial, pois a sombra era exactamente o Gato Malhado. Ou melhor: o fato dela nunca ter conseguido conversar com o Gato. Aquele sujeito caladão, orgulhoso e metido a besta, bulia-lhe com os nervos. Habituara-se a vir espiá-lo quando ele dormia ou esquentava sol sobre a grama. Escondida no ramo de uma árvore, mirava-o durante horas perdidas, cismando nas razões por que o feioso não mantinha relações com ninguém. Ouvia falar mal dele mas fitava o seu nariz róseo, de grandes bigodes, e – ninguém sabe por que – duvidava da veracidade das histórias. Assim são as andorinhas, o que se pode fazer? Não há forma de fazê-las compreender a verdade mais rudimentar, a mais provada e conhecida, se elas se metem a duvidar. São cabeçudas e se deixam guiar pelo coração.

O Gato Malhado era a sombra na vida clara e tranquila da Andorinha Sinhá. Por vezes estava cantando uma das lindas canções que aprendera com o Rouxinol, e, de súbito, parava porque via (às vezes adivinhava) o grande corpo do Gato que passava em caminho do seu canto predilecto. Ia então pelos ares, seguindo-o devagar e, em certa tarde, divertiu-se muito a atirar-lhe gravetos secos sobre o dorso. O Gato dormia, ela estava bem escondida entre as folhas da jaqueira, rindo a cada graveto que acertava nas costas do Gato, levando o preguiçoso a abrir um olho e mirar em torno. Mas logo o cerrava, pensando tratar-se de alguma brincadeira idiota do Vento.

JORGE AMADO, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor

 

Depois de leres atentamente o excerto de “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, responde com clareza e correcção às questões que te são colocadas.

  1. A partir das informações que o texto te fornece, é possível caracterizar as personagens.

1.1 Caracteriza-as no aspecto físico.

 

1.2 Indica, agora, as suas características psicológicas.

 

1.3 Identifica o sentimento que se começa a esboçar neste excerto e que irá acabar por nascer entre as duas personagens.

 

  1. Faz o levantamento das histórias contadas acerca do passado do Gato Malhado e que lhe conferiram a fama de “assassino”.

 

2.1 Poderemos acreditar totalmente na veracidade dessas histórias? Porquê?

 

 

2.2 Atenta nas seguintes expressões: “gatarraz”; “cara do bichano”; “Bicho feio aquele” (2º parágrafo). Terão as características físicas do Gato Malhado e o seu modo de vida influenciado a produção dessas histórias? Como?

 

  1. O espaço em que decorre a acção dá indícios da estação primaveril. Justifica a tua resposta com expressões do texto.

 

3.1 Diz qual o recurso estilístico mais utilizado nesta apresentação.

 

4. Atenta na seguinte passagem:Assim são as andorinhas, o que se pode fazer? Não há forma de fazê-las compreender a verdade mais rudimentar, a mais provada e conhecida, se elas se metem a duvidar. São cabeçudas e se deixam guiar pelo coração.”

 

4.1 Classifica o narrador quanto à posição, justificando por palavras tuas.

 

5. Assinala com X, como verdadeira (V) ou falsa (F), cada uma das afirmações, de acordo com a obra O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado.

AFIRMAÇÕES

V

F

1. Jorge Amado escreveu “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” em Londres.

   

2. As ilustrações de Carybé fizeram com que o escritor publicasse a obra.

   

3. A história começa com a expressão “Era uma vez…”.

   

4. No Gato Malhado... conta-se o amor impossível entre um gato e uma ave, inimigos por natureza.

   

5. O espaço físico da história é um jardim zoológico.

   

6. A Manhã é uma funcionária madrugadora e trabalhadora.

   

7. O Gato Malhado foi acusado, injustamente, de vários crimes

   

8. A palavra pilhéria no português-padrão do Brasil significa piada.

   

9. O Vento contou à Manhã a história de amor.

   

10. O primeiro encontro entre o Gato e a Andorinha aconteceu na estação do Verão.

   

11. Durante a Primavera, o Gato e a Andorinha passearam-se pelo parque.

   

12. Na estação do Verão, o Gato pediu a Andorinha subitamente em casamento.

   

13. Os protagonistas deste conto são três.

   

14. A Vaca Mocha tinha uma grande estima pelo Gato Malhado.

   

15. A Vaca Mocha falava espanhol e português.

   

16. O Gato Malhado e a Andorinha passeiam juntos enquanto as outras personagens

condenam o amor impossível.

   

17. A narração identifica-se porque os verbos estão no pretérito imperfeito.

   

GRUPO II

1. Assinala com X a resposta correcta.

1.1 “A Andorinha Sinhá, além de bela, era um pouco louca”.

Nesta frase, a expressão destacada desempenha a função de:

a ) atributo _____

b) complemento circunstancial de modo _____

c) nome predicativo do sujeito _____

 

1.2 Na frase (…)“Certa vez derrubara, com uma patada, um tímido lírio branco (…)”, estão presentes as seguintes funções sintácticas:

a) C.C. de Tempo + Sujeito Inexistente+ Predicado+ Complemento Directo+ Atributo+ C. C. de Modo______

b) Sujeito Subentendido+ Predicado+ C.C. de Modo+ C.C. de Tempo+ Complemento Directo+ Atributo_____

c) C. C. de Lugar+ Sujeito Subentendido+ Predicado+ C.C. de Modo+ Complemento Directo_____

 

2. Passa para a forma passiva a seguinte frase.

 

2.1 O Gato Malhado salvou o pássaro de morrer afogado.

 

3. Classifica morfologicamente as seis palavras sublinhadas no excerto .

 

4. Reescreve a frase, de forma a alterares a forma verbal para os tempos e modos solicitados:

No ramo de uma árvore, a Andorinha fitava o Gato Malhado.

a) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo : No ramo…….

b) Condicional Composto : No ramo teria fitado….

c) Presente do Conjuntivo ( Começa a frase por “Espero que”) Espero que ……

d) Pretérito Mais-que perfeito do Indicativo : No ramo ……

e) Pretérito Imperfeito do Conjuntivo (Começa a frase por “Se”) No ramo ….

f) Futuro do Conjuntivo (Começa a frase por “Quando” ) Quando

g) Futuro Composto do Conjuntivo (Começa a frase por “Quando”) Quando ….

 

5. Assinala com X, como verdadeira (V) ou falsa (F), cada uma das afirmações, recordando tudo o que aprendeste sobre as relações semânticas das palavras.

AFIRMAÇÕES

V

F

a) Antónimo significa um vocábulo com sentido oposto ao de outro, opondo-se no seu significado.

   

b) As palavras hiperónimas designam os elementos contidos em determinada espécie.

   

c) Por polissemia entende-se os vários significados que se podem atribuir a uma mesma palavra.

   

d) A conotação é o significado primeiro (objectivo) de uma palavra, enquanto que a denotação é o segundo sentido (subjectivo) atribuído a uma palavra.

   

e) A palavra «pôr» é acentuada para não se confundir com a sua homófona, a preposição «por».

   

f) As palavras mobiliário e vertebrados podem ser hiperónimas.

   

g) As palavras aprender/apreender; descrição/discrição; emigrante/imigrante, eminente/iminente e cumprimento/comprimento são homófonas.

   

GRUPO III

Dos temas apresentados, escolhe apenas um.

TEMA A:

A história do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá começa com a seguinte trova popular:

"O mundo só vai prestar

Para nele se viver

No dia em que a gente ver

Um gato maltês casar

Com uma alegre andorinha

Saindo os dois a voar

O noivo e a sua noivinha

Dom Gato e dona Andorinha."

(Trova e filosofia de Estevão da Escuna, poeta popular)

Na Dedicatória, o autor designa a história como uma "fábula". Ora a fábula é um texto narrativo cujas personagens são geralmente animais e em que existe a intenção de moralizar.

Elabora um comentário com cerca de sessenta palavras sobre a(s) mensagem(ns) que, em tua opinião, o autor pretende transmitir ao mundo dos homens através de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma História de Amor.

TEMA B :

A Andorinha enviou, pelo Pombo-Correio, uma carta de despedida ao Gato, mas os encontros entre os dois continuaram. Porém, o momento da separação definitiva chegou e a Andorinha quis dizer ao Gato tudo o que não chegara a dizer-lhe. Escreveu-lhe.

Redige, então, uma carta enviada pela Andorinha Sinhá ao Gato Malhado pouco antes de se casar. Uma carta simples, mas emotiva; uma carta em que fala do Gato, mas sobretudo de si própria, do seu amor, dos seus sonhos, das suas mágoas, do seu futuro...

(podes escrever em prosa ou verso)

Cesário Verde - Arrojos

Lê atentamente o seguinte texto:

Fantasias do Impossível – ARROJOS(1)

 

Se a minha amada um longo olhar me desse

Dos seus olhos que ferem como espadas,

Eu domaria o mar que se enfurece

E escalaria as nuvens rendilhadas.

 

Se ela deixasse, extático(2) e suspenso,

Tomar-lhe as mãos mignonnes(3) e aquecê-las,

Eu com um sopro enorme, um sopro imenso

Apagaria o lume das estrelas.

 

Se aquela que amo mais que a luz do dia

Me aniquilasse os males taciturnos(4),

O brilho dos meus olhos venceria

O clarão dos relâmpagos nocturnos.

 

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,

Casando as suas com as minhas,

Eu desfaria o sol desfaço

As bolas de sabão das criancinhas.

 

e a Laura(5) dos meus loucos desvarios

Fosse menos soberba(6) e menos fria,

Eu pararia o curso aos grandes rios

E a terra sob os pés abalaria.

Se aquela por quem já não tenho risos

Me concedesse apenas dois abraços,

Eu subiria aos róseos(7) paraísos

E a lua afogaria nos meus braços.

 

Se ela ouvisse os meus cantos moribundos

E os lamentos das cítaras(8) estranhas,

Eu ergueria os vales mais profundos

E abateria as sólidas montanhas.

 

E se aquela visão da fantasia

Me estreitasse ao peito alvo como arminho(9),

Eu nunca, nunca mais me sentaria

Às mesas espelhentas do Martinho(10).

 

 

Glossário:

(1) - atrevimentos; (2) - em êxtase, maravilhado; (3) - (palavra francesa) delicadas, graciosas, pequenas; (4) - calados, tristes; (5) - a mulher celebrada pelo poeta italiano Petrarca, apresentada como a amada inacessível; (6) - altiva, arrogante; (7) - da cor das rosas, rosados; (8) - instrumentos musicais de cordas; (9) - animal das regiões polares, de pêlo macio e, no Inverno, muito branco; (10) - café lisboeta..

Responde às seguintes questões:

 

1. «Arrojos» foi publicado em conjunto com dois outros poemas de Cesário sob o antetítulo comum "Fantasias do Impossível". Explicite as relações de sentido que este título estabelece com o texto.

2. Identifique quatro traços que caracterizam a figura feminina, documentando-os com elementos do texto.

3. Indique um dos efeitos de sentido da hipérbole presente nos versos: "Eu com um sopro enorme, um sopro imenso / Apagaria o lume das estrelas" (segunda estrofe).

4. Refira a importância dos dois últimos versos para a interpretação do poema.

5. Analise a relação do "eu" com a "amada", tal como é expressa no discurso poético.

 

 

Proposta de correcção

1. O poema apresenta este antetítulo uma vez que o poeta tem a perfeita noção de que toda a idealização nele expressa é impossível de alcançar. Este sabe que o seu amor nunca será correspondido e que os seus atrevimentos não são mais do que suposições que este faz enquanto – provavelmente –, sentado no Martinho, vê a sua amada a passar à sua frente. Daí a repetição anafórica do "se", que expressa uma condição desejada, mas, neste caso, impossível.

2. A mulher desejada pelo "eu" lírico é uma típica mulher burguesa, cujasmãos mignonnes revelam a graciosidade de quem encanta, mas certamente de quem não trabalha. Por isso, esta mulher tem atitudes próprias da sua classe social, pois é soberba e (...)fria, é altiva, incapaz de ouvir os lamentos das cítaras estranhas, o que perfaz um temperamento obtuso perante os que a amam, pois os seus olhos indiferentes ferem como espadas.

3. A resposta a esta pergunta é pessoal e apenas está a ser avaliada a capacidade de interpretar e dar um sentido lógico e objectivo à hipérbole, pelo que se considera certa a resposta que assim o fizer.

4. Os dois últimos versos do poema espelham a realidade do sujeito poético. É o local onde se senta e sonha com a sua amada, provavelmente motivado pela sua passagem. Deste modo, revela a sua atitude passiva e resignada, de quem sabe que é incapaz de mudar a realidade e se senta em atitude de derrota. Mostra ainda a sua submissão, pois, apesar de consciente da impossibilidade correspondência amorosa, o "eu" lírico deixa-se ficar a admirar a sua amada, numa atitude de veneração e prostração, o que revela o fascínio tamanho em que se deixa envolver.

5. Denota-se, em todo o poema, uma submissão total do sujeito poético aos encantos femininos desta mulher. O poeta adora-a, venera-a e sublima-a. No entanto, confessa-se também magoado com a atitude dela, pois não lhe vislumbra qualquer sinal de correspondência amorosa. Muito pelo contrário, vê nela uma indiferença e ausência aos seus apelos, factos que o magoam e o tornam consciente da incapacidade de concretizar o seu amor. Por isso, ele limita-se a sonhar com esta sua deusa, pois sabe que nada mais poderá fazer.

Onomatopeias e Palavras Onomatopaicas

1. Diz quais são os sons imitados pelas seguintes onomatopeias:

lizzie_maguire020 (1)

a) «ão-ão» __________________

b) «cararacá»________________

c) «bum» ___________________

d) «bumba» ________________

e) «tique-taque» ____________

f) «tlintlim»_________________

 

2. Indica os verbos, os nomes e os adjectivos formados a partir das seguintes palavras onomatopaicas:

 

a) bafo ________________ (verbo)

b) gargalhar ________________ (nome)

c) ribombar ________________ (adjectivo)

d) bambo ________________ ( verbo)

e) gago ________________ (verbo)

f) garganta ________________ (verbo)

g) rufo ________________ ( verbo)

h) rezingar________________ (adjectivo)

i) tomar ________________ (nome)

 

Correcção:

 

1.

a) a voz do cão

b) a voz da galinha

c) o som de um tiro ou pancada

d) o som de uma pancada ou de uma queda

e) o som do relógio

f) o som da campainha

 

2.

 

a) bafejar

b) gargalhada

c) ribombante

d) bambolear

e) gaguejar

f) gargantear

g) rufar

h) rezingão

i) tombo

O adjectivo como elemento valorativo da língua

1. Forma adjectivos correspondente às expressões:

canstock3234750

Exemplo: Amor de pai – amor paternal 

 

a) “ Pilar de granito” _______________________

b) “ O braço do irmão” ______________________

c) “Justiça de Deus” ________________________

d)” Leito de torrente” _______________________

 

 

2. Explica o significado de cada um dos adjectivos utilizando a palavra de que derivam.

 

Exemplo: História assustadora – história que assusta

 

a) ideia deslumbrante _________________________

b) ouro reluzente _____________________________

c) casa abandonada ___________________________

d) viagem apressada __________________________

e) trilho empedrado ___________________________

f) golpe traiçoeiro _____________________________

 

3. Preenche a grelha, constituindo famílias de palavras:

Substantivo

Verbo

Adjectivo

Arma    
  Morrer  
Golpe    
vento    
Folha    
  Deslumbrar  
    Largo

 

Correcção:

 

1.

a) Pilar granítico

b) Braço fraterno

c) Justiça divina

d) Leito torrencial

 

2.

a) ideia que deslumbra

b) ouro que reluz

c) casa ao abandono

d) viagem à pressa

e) trilho com pedras

f) Golpe à traição

 

3.

Substantivo Verbo Adjectivo
Arma Armar Armado
Morte Morrer Morto
Golpe Golpear Golpeado
Vento Ventar Ventoso
Folha Folhear / desfolhar Folhado / Folhoso
Deslumbramento Deslumbrar Deslumbrado
Alargamento Alargar Largo

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