23/04/2009

Voz Activa e Voz Passiva

A utilização da voz activa ou da voz passiva resulta de uma escolha feita pelo locutor, de acordo com a sua intenção.
Exemplo de Voz Activa:
-O João comeu o bolo.

Voz Passiva
-A voz passiva só é possível em verbos transitivos directos.
- A forma verbal na voz passiva é formada pelo verbo auxiliar SER + PARTICÍPIO PASSADO do verbo principal.
- Também é possível formar uma frase passiva com o pronome pessoal SE ( tradicionalmente chamado palavra/ partícula apassivante) e a 3ª pessoa do verbo, concordando com o sujeito. Nesta construção o agente da passiva nunca vem expresso.
Exemplo de Voz Passiva:
- O bolo foi comido pelo João.

O complemento agente da passiva é um complemento específico das frases com a forma passiva. Nestas frases o sujeito não pratica a acção — sofre a acção —, por isso, é necessário um complemento especial que indique o ser responsável pela acção sofrida pelo sujeito.

TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA – 8º ANO


FALAR VERDADE A MENTIR

CENA XII
JOAQUINA (só)

Pobre rapaz! ficou como pateta! Se ele não está costumado a isto... Conde­nado a falar verdade vinte e quatro horas a fio... Também, olhe que nos dá um trabalho! Porque mente com um desembaraço e sem a menor considera­ção... Já se tinha esquecido da peta do almoço. Felizmente que nós estamos prevenidos, e graças ao bolsinho de minha ama e à vizinhança do Manuel Espanhol, em poucos minutos se fez da peta verdade... E José Félix! Não verão o meco sentado à mesa com meus amos como se fosse gente, o pedaço de lacaio!... Mas deixem estar que o tratante tem um ar, sabe tomar uns modos, que quem o não conhecer!... Em que ele se deita a perder decerto, é que aquilo é um comilão... 0 que lhe vale é fazer de inglês... não se repara. - Agora que mais falta? Vejamos. A tal visita de agradeci­mento ao general Lemos: essa não se pode evitar. Só se... É verdade; o general Lemos que venha cá... como têm vindo os outros. Vou avisar José Félix que se avie de almoçar e nos represente mais esse figurão. Não lhe há­-de custar muito... é seu amo. -Ai! que é isto, que quer este senhor?

CENA XIII
JOAQUINA e o GENERAL

GENERAL - 0 Senhor Duarte Guedes está aqui, não é assim?

JOAQUINA - Está, sim, senhor, foi agora para a mesa almoçar com o Senhor Brás Ferreira, seu sogro que está para ser.

GENERAL - Um almoço de família, almoço de noivos. Não permita Deus que eu tal perturbe. Esperarei.

JOAQUINA - Se faz favor de dizer o seu nome.

GENERAL - Não é preciso.

JOAQUINA - Não é para saber... é que se fosse coisa que...

GENERAL - É coisa que eu lhe quero dizer só a ele ou a seu sogro.

JOAQUINA - Como queira.
Almeida Garrett, Falar Verdade a Mentir
A- Partindo da leitura das duas cenas e do conhecimento da obra, responde às seguintes questões:

1. Situa as duas cenas na estrutura da obra.

2. Joaquina diz: “É verdade; o general Lemos que venha cá…como têm vindo os outros.”
2.1. Por que razão há-de ir lá o general Lemos?
2.2. Quem são “os outros” a quem ela se refere?

3. Transcreve expressões de dois níveis de língua diferentes.

3.1. Estão esses níveis de língua de acordo com a classe social das personagens que os pronunciam? Justifica.

4. Refere, destas cenas, a personagem que irá contribuir para a resolução do conflito.
4.1. Resume a sua intervenção nas cenas seguintes.

5. Indica os modos de apresentação das falas das personagens presentes nas duas cenas.

6. Faz o levantamento dos elementos que nos dizem tratar-se de um texto dramático.

7. Justifica o título da obra.



B- Completa as seguintes frases de acordo com a leitura que fizeste da obra.

1. Toda a acção decorre________________________________________________
2. Brás Ferreira é um negociante do Porto que tem __________________________
3. Duarte tem o costume de ____________________________________________
4. No dia do casamento de Amália, Joaquina receberia _______________________
5. José Félix, para ajudar Duarte, representou os papéis de ___________________________________________________________________
6. O coronel Luís Guedes é _____________________________________________
7. O General é o amo de _______________________________________________
8. A peça retrata a sociedade do século ___________________________________



C- Completa as seguintes frases:

1. O artista que se dedica à criação dos cenários designa-se __________________
2. O escritor de peças dramáticas designa-se ______________________________
3. O responsável pelos ensaios de um espectáculo designa-se _________________


II

A- Classifica sintacticamente as seguintes frases:

1. Brás Ferreira veio do Porto com Amália e Joaquina.
2. Amália e Joaquina estão muito apreensivas.
3. José Félix continua o jogo com afinco.
4. Eles encobriram-no com mestria.


B- Divide e classifica as orações das seguintes frases:

1. Ele ficou muito contente porque recebeu as cem moedas.
2. Para que o casamento se realize, Duarte não pode ser apanhado em mentiras.
3. Se ele adivinhasse as futuras aflições, não teria mentido tanto.
4. O general Lemos chegou quando eles estavam a almoçar.




IIII

Joaquina diz: “Porque mente com um desembaraço e sem a menor consideração”.
Há, como sabes, um ditado popular assim:
“Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.”

Narra um facto real, ou então imaginado, que possa ter como título este provérbio.

Sexta-Feira ou a Vida Selvagem -Ficha de avaliação


I
Recorda a obra “ Sexta-Feira ou a Vida Selvagem” e responde de forma sintética às seguintes questões:
1. Como se chama o autor do livro?
2. Qual o erro fatal que Robison cometeu?
3. Como se chamava a ilha deserta?
4. O que é que foi iniciado ao milésimo dia do calendário local?
5.Como é que Robison resolveu o problema dos ratos?
6. Que designação se dá ao relógio?
7. Quem era a personagem que Robison chamava de Domingo?
8. Como se chamava o navio que quebrou o isolamento da ilha?


II
Responde agora de forma desenvolvida e correcta:

1. Relaciona o nome do barco -EVASÃO- com a finalidade da sua construção.
2. A explosão na ilha é um acontecimento muito importante no desenrolar desta narrativa. Explica essa importância.
3. Caracteriza o índio Sexta-Feira atendendo a: retracto físico; carácter; relacionamento com Robison; relação com os animais.


III
1. Explica o sentido das seguintes palavras: enfadonho; tépida; caos; bizarro.

2. Substitui a parte sublinhada pela forma adequada do pronome pessoal e escreve de novo a frase:
a) travámos a batalha com todo o fervor.
b) havia de experimentar outras aventuras.
c) quando contares a história à tua irmã.

3. Conjuga o verbo estar no pretérito perfeito do modo indicativo e no presente do modo conjuntivo, na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do plural.TEXTO

Ficha de avaliação - 8º ano

O que não vem nos jornais


Dia a dia, milhares de quilos de papel, por vezes ainda a cheirar a tinta, desaparecem das mãos dos ardinas (...).

Na monotonia do quotidiano que se repete, há quem os leia no intervalo apressado proporcionado por uma viagem de autocarro, no café, antes de entrar para o trabalho, em período de lazer, no espaço recatado da casa de cada um. Lêem e devoram a informação sobre o joelho, palavras, números, gravuras.

O jornal é um veículo de informação que, apesar de muitos lhe preconizarem a morte, vai resistindo e moldando-se aos interesses das pessoas. (...).

Dir-nos-ão que entre nós, ainda assim são muito poucos os que lêem jornais. Não bastará para tanto invocar que os preços são altos, que muitos não sabem ler, que o interesse pela leitura nunca foi muito estimulado. (...) Mas há outras razões, mais ou menos ligadas a submissões políticas e económicas, falta de força e de qualidade. Mas, pesquisemos também o conteúdo e a sua relação com os leitores, o que nos faz vir à cabeça o último verso de uma (já) velha canção de Chico Buarque: "a dor da gente não sai nos jornais"... o que sai, então? Sai a discussão política, a economia e os grandes números de orçamentos e de empresas, as greves e as disputas entre sindicatos, as "bombas" do desporto, as guerras ...

Não vêem nos jornais, pelo contrário, as pequenas dores e alegrias das pessoas, a não ser daqueles que conseguiram transpor o muro para a vida pública. Não há espaço para as pequenas mutações que estão, finalmente, a mudar a vida de todos, para os casos que, por serem pequenos, não deixam de ser grandes.

Luísa Bessa, in Jornal de Notícias 20-10-86

(adaptado)


Depois de teres lido com atenção o texto apresentado, responde de forma correcta, clara e completa às seguintes questões.

I

1) Neste texto e noutro que anteriormente estudaste, são referidos diferentes tipos de leitor de jornais. Indica-os.


2) De acordo com o texto, os jornais relatam apenas um certo tipo de acontecimentos.

2.1) Que assuntos são privilegiados pelos jornais?

2.2) Afinal, o que é que "não vem nos jornais"?

os jornais não servem apenas para informar.



II

1) Lê, o texto que se segue, e prova que o mesmo se trata de uma notícia incompleta:


Uma equipa nomeada para o efeito seleccionou ontem os nove intérpretes das canções concorrentes ao festival após demorada audição.


1.1) Completa a notícia de forma a fazer sentido, usando no máximo 30 palavras.


2) Diz quais são as características da linguagem utilizada na notícia.




III

1) Classifica morfologicamente cada uma das palavras que se encontram sublinhadas nas seguintes frases: (Caso se trate de um verbo, indica também o tempo e o modo.)

a) o trabalho liberta o Homem.

b) os empregados são simpáticos.

c) aquelas montanhas estão cobertas por um manto de neve.

d) hoje fala-se muito da Internet.

e) Se eu comprasse uma rosa, oferecia-a à minha namorada.


2) Completa os espaços em branco com ou à:

i) Todos os anos ___ uma feira do livro na escola. ii) Sempre que posso leio ___ noite antes de dormir. iii) ___ quem tenha muitos livros em casa. iv) Na vida ___ tempo para tudo.



10/04/2009

Ficha de trabalho _ Os Lusiadas

4
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente,
Foi sempre em verso humilde, celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloco e corrente,
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipocrene.

5
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda.
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no Universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.

6
E vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitana antiga liberdade,
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena cristandade,
Vós, ó novo temor da Maura lança,
Maravilha fatal da vossa idade,
Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,
Pera do mundo a Deus dar parte grande;

Camões, Os Lusíadas




1. Localize as estâncias acima transcritas na estrutura interna de Os Lusíadas.

2. Aponte as razões que teriam levado Camões a invocar as Tágides.

3. Refira os pedidos formulados e o tom utilizado nesses pedidos.

4. Nestas duas estâncias existe uma distinção entre a lírica e a épica. Cite as expressões que caracterizam cada um dos estilos.

5. Explique o sentido das expressões:

5.1. “Mas de tuba canora e belicosa
Que o peito acende e a cor ao gesto muda.” (5, vv. 3, 4)

5.2. “Que se espalhe e se cante no Universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.” (5, vv. 7, 8)

6. Faça um breve comentário formal à estância 5.

Relações entre as palavras – Ficha de trabalho

Palavras homófonas


1- Preenche os espaços em branco com a palavra adequada.

  • noz/nós

Gostas desta tarte de _____?

____ vamos ao teatro esta noite.

  • cozer/ coser

Sabes ______ a tua roupa?

Ele está a _________ o almoço.

  • conselho/concelho

Vou dar-te um bom ____________.

Eu moro no __________ de Câmara de Lobos.


concerto/conserto

Quanto pagaste pelo ____________ do teu carro?
Eles adoraram o ___________ de piano.


Palavras homógrafas


1- Descobre as palavras homógrafas que faltam em cada par de frases.


Exemplo: A Ana duvida das intenções do colega.

Ajuda-me a esclarecer esta dúvida!


O ____________ não faz o monge.

Eu ___________ fora da cidade.

Este _________ de carne é saboroso.

Esqueci-me do ________ de chaves no trabalho.

Esta empresa _____________ carros de vários modelos.

Aquela _______________ polui a aldeia.

Não te esqueças de passar na ________________ da escola.

Dei o recado à tua ________________.


Palavras parónimas

1-Escolhe a palavra certa, usando-a no singular ou no plural.


  • comprimento/cumprimento

Dá ___________________ à tua prima.

Repara no _________________ desta sala.


  • cavalheiro/cavaleiro

Um _______________ é sempre correcto.

Aquele _________________ ganhou a corrida.


  • descrição/discrição

A _________________ é uma virtude.

O aluno fez uma ______________ pormenorizada do acidente.

  • prefeito/perfeito

O ____________ desta escola é muito exigente.

Este trabalho está _________________.


Palavras homónimas



1- Completa as frases com os seguintes pares de homónimas:

fecho/fecho são/são vão/vão

O ________ das calças estragou-se.

Quando saio à noite, _________ sempre a porta.

Este trabalho não será em __________

Vocês ______ fazê-lo com cuidado.

Está ____ como um pêro.

____ estes os discos que me ofereces?

RELAÇÕES ENTRE AS PALAVRAS

  1. Relações de significado
  • Palavras sinónimas ou sinónimos são palavras que têm o mesmo significado:

habitar – morar

cobrir – tapar

senso - juízo


  • Palavras antónimas ou antónimos são palavras com significado contrário:

Alto – baixo

Magro – gordo

Frio – quente


  1. Relações de forma
  • Palavras homónimas são palavras que se escrevem ou lêem do mesmo modo mas têm significados diferentes:

amo – amo

canto – canto

lente – lente

  • Palavras homógrafas são palavras que se escrevem do mesmo modo mas lêem-se de modo diferente:

alívio – alivio

colher – colher

séria – seria


  • Palavras homófonas são palavras que se lêem do mesmo modo mas escrevem-se de modo diferente:

cinto – sinto

acento - assento

cela - sela

09/04/2009

A NARRATIVA

1. As Personagens


As personagens podem adquirir maior ou menor importância conforme o espaço que ocupam no discurso narrativo.


Assim podemos distinguir:


  • personagem principal (protagonista)

  • personagens secundárias.


2. O tempo



O tempo em que decorre a acção pode ser:




  • cronológico ( o tempo da história);

  • histórico (aquele em que se fazem referencias histórico-culturais).


3. O espaço



O desenvolvimento da acção requer também um espaço próprio que, por sua vez pode ser:




  • físico (interior ou exterior);

  • social ( o contexto ou meio social em que decorre a acção).


4. A descrição



A descrição é o lugar onde a narração se interrompe, se suspende, e onde se dão informações sobre as personagens, o espaço e o tempo.



Por confronto com a narração, que tem uma feição dinâmica, a descrição reveste uma tendência estática. Não é possível, no entanto, estabelecer uma fronteira rígida entre as duas.



Elementos linguísticos mais utilizados na descrição:




  • o verbo no pretérito imperfeito do indicativo ou no tempo histórico;

  • o adjectivo;

  • o nome;

  • o adverbio (de modo, tempo, lugar, etc).


Retrato



Dá-se a designação de retrato à descrição (física ou psicológica) das características das personagens. Esta descrição pode ser feita directamente (pelo narrador, pela própria personagem ou por outra), ou através de atitudes e comportamentos das personagens.



5. O diálogo



O diálogo é o discurso constituído pelas falas das personagens .


Ficha de avaliação - 7º ano



05/04/2009

Sinónimos


Ficha de trabalho - 5º ano




O Leão e Outros Animais - Interpretação - 6º ano




Classes de palavras



  • Preposições – Palavras invariáveis que estabelecem relações entre os elementos das frases.


  • Determinantes – Estão antes dos nomes e ajudam a caracterizá-los.


  • Verbos – Exprimem acções ou estados, situando-os no tempo.


  • Numerais – Indicam a quantidade de indivíduos ou coisas.


  • Nomes – Designam pessoas, animais, objectos, qualidades, estados.


  • Conjunções – Palavras invariáveis que servem para relacionar orações ou elementos da mesma oração.


  • Advérbios – Determinam ou intensificam o sentido do verbo, do adjectivo ou de outro advérbio.


  • Interjeições – São palavras com que exprimimos vivamente as nossas emoções, de forma mais ou menos espontânea.


  • Pronomes acompanham ou representam o nome, permitem evitar repetições.


  • Adjectivos - Atribuem características ao nome.






03/04/2009

Luís Vaz de Camões

Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 10 de Junho de 1580) é frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare; das suas obras, a epopéia Os Lusíadas é a mais significativa.

Desconhece-se a data e o local onde terá nascido Camões. Admite-se que nasceu entre 1517 e 1525. A sua família é de origem galega que se fixou na cidade de Chaves e mais tarde terá ido para Coimbra e para Lisboa, lugares que reivindicam ser o local de seu nascimento. Frequentemente fala-se também em Alenquer, mas isto deve-se a uma má interpretação de um dos seus sonetos, onde Camões escreveu " […] / Criou-me Portugal na verde e cara / pátria minha Alenquer [… ]". Esta frase isolada e a escrita do soneto na primeira pessoa levam as pessoas a pensarem que é Camões a falar de si. Mas a leitura atenta e completa do soneto permite concluir que os factos aí presentes não se associam à vida de Camões. Camões escreveu o soneto como se fosse um indivíduo, provavelmente um conhecido seu, que já teria morrido com menos de 25 anos de idade, longe da pátria, tendo como sepultura o mar.
O pai de Camões foi Simão Vaz de Camões e sua mãe Ana de Sá e Macedo. Por via paterna, Camões seria trineto do trovador galego Vasco Pires de Camões, e por via materna, aparentado com o navegador Vasco da Gama.
Entre 1542 e 1545, viveu em Lisboa, trocando os estudos pelo ambiente da corte de D. João III, conquistando fama de poeta e feitio altivo.
Viveu algum tempo em Coimbra onde teria frequentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre, D. Bento de Camões. Não há registos da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a cultura refinada dos seus escritos torna a única universidade de Portugal do tempo como o lugar mais provável de seus estudos.
Ligado à casa do Conde de Linhares, D. Francisco de Noronha, e talvez preceptor do filho D. António, segue para Ceuta em 1549 e por lá fica até 1551. Era uma aventura comum na carreira militar dos jovens, recordada na elegia Aquela que de amor descomedido. Num cerco, teve um dos olhos vazados por uma seta pela fúria rara de Marte. Ainda assim, manteve as suas potencialidades de combate.
De regresso a Lisboa, não tarda em retomar a vida boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria irmã do Rei D. Manuel I. Teria caído em desgraça, a ponto de ser desterrado para Constância. Não há, porém, o menor fundamento documental de que tal fato tenha ocorrido. No dia de Corpus Chrisi de 1552 entra em rixa, e fere um certo Gonçalo Borges. Preso, é libertado por carta régia de perdão de 7 de Março de 1553, embarcando para a Índia na armada de Fernão Álvares Cabral, a 24 desse mesmo mês.
Oriente
Chegado a Goa, Camões toma parte na expedição do vice-rei D. Afonso de Noronha contra o rei de Chembe, conhecido como o "rei da pimenta". A esta primeira expedição refere-se a elegia "O Poeta Simónides falando". Depois Camões fixou-se em Goa onde escreveu grande parte da sua obra épica. Considerou a cidade como uma "madrasta de todos os homens honestos" e ali estudou os costumes de cristãos e hindus, e a geografia e a história locais. Tomou parte em mais expedições militares. Entre Fevereiro e Novembro de 1554 integrou a Armada de D. Fernando de Meneses, constituída por mais de 1000 homens e 30 embarcações, ao Golfo Pérsico, aí sentindo a amargura expressa na canção "Junto de um seco, fero e estéril monte". No regresso foi nomeado "provedor-mor dos defuntos nas partes da China" pelo Governador Francisco Barreto, para quem escreveria o "Auto do Filodemo".
Em 1556 partiu para Macau, onde continuou os seus escritos. Viveu numa gruta, hoje com o seu nome, e aí terá escrito boa parte d'Os Lusíadas. Naufragou na foz do rio Mekong, onde conservou de forma heróica o manuscrito da obra, então já adiantada (cf. Lus., X, 128). No desastre teria morrido a sua companheira chinesa Dinamene, celebrada em série de sonetos. É possível que datem igualmente dessa época ou tenham nascido dessa dolorosa experiência as redondilhas "Sôbolos rios".
Regressou a Goa antes de Agosto de 1560 e pediu a protecção do Vice-rei D. Constantino de Bragança num longo poema em oitavas. Aprisionado por dívidas, dirigiu súplicas em verso ao novo Vice-rei, D. Francisco Coutinho, conde do Redondo, para ser liberto.
De regresso ao reino, em 1568 fez escala na ilha de Moçambique, onde, passados dois anos, Diogo do Couto o encontrou, como relata na sua obra, acrescentando que o poeta estava "tão pobre que vivia de amigos" (Década 8.ª da Ásia). Trabalhava então na revisão de Os Lusíadas e na composição de "um Parnaso de Luís de Camões, com poesia, filosofia e outras ciências", obra roubada. Diogo do Couto pagou-lhe o resto da viagem até Lisboa, onde Camões aportou em 1570. Em 1580, em Lisboa, assistiu à partida do exército português para o norte de África.
Faleceu numa casa de Santana, em Lisboa, sendo enterrado numa campa rasa numa das igrejas das proximidades. Os seus restos encontram-se actualmente no Mosteiro dos Jerónimos.

Ulisses

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Ficha de Avaliação – 6º ano - ULISSES - Maria Alberta Menéres.

1.Sobre a forma como vai recontar a história, O narrador de Ulisses faz um aviso aos leitores. Qual?




2.Que tipo de narrador encontras neste texto? Justifica.



3.Estabelece agora uma relação entre estes dois títulos: “Odisseia” e “Ulisses”.



4.1 Como verificaste, o livro que leste tem uma personagem principal
Quem era; então, Ulisses?



4.2 Faz a caracterização psicológica desta personagem.



4.3 Diz o nome de seis outras personagens , indicando o seu papel na acção.




4.4 Algumas destas personagens vão ajudar Ulisses, outras vão criar-lhe obstáculos. Distribui-as pelas duas colunas da grelha, de acordo com o papel que desempenham:

ajudam
dificultam



5.A acção desta história começa e acaba no mesmo local. Identifica-o.


6.Refere quatro dos lugares onde a acção se desenrole.



7.Que facto desencadeou a viagem de Ulisses?



8.Que artimanha inventou Ulisses para conseguir vencer?


9.Circe é uma personagem muito importante nesta obra.

9.1.Esta personagem começa por querer prejudicar Ulisses mas acaba por o ajudar. Porque?


9.2.Como o ajuda?



10.Ulisses é também apoiado por outra personagem divina, que o ajuda em dois momentos. Quem é e como o ajuda?



11.Penélope espera pacientemente pelo marido em Ítaca, onde a situação era difícil. Qual era a situação que se vivia em Ítaca?



12.Consideras esta narrativa aberta ou fechada? Porquê?



II

1.Repara na frase:

“ Fascinantes são as aventuras de Ulisses. “

1.1.Classifica morfologicamente e de forma completa cada uma das palavras da frase.


2Classifica quanto á sua formação cada uma das palavras:

a) floração ___________________________________________________
b) lugar-comum _______________________________________________
c) esverdeada__________________________________________________
d) flor _______________________________________________________
e) aguardente _________________________________________________
f) infeliz_____________________________________________________

3. A cidade era muita escura
3.1. Em que grau se encontra o adjectivo desta frase?


3.2 Passa esse adjectivo para:

- grau superlativo relativo de superioridade____________________________________

- comparativo de igualdade ________________________________________________

Observa as formas verbais e descobre o infinitivo de cada uma delas:

a) Vai_____________
b) Vêm ____________
c) Li ______________
d) Seja ____________
e) Diria ____________
f) Há _____________
g) Coube __________
h) Pensou __________

01/04/2009

Conjunção perifrástica

  • A conjunção perifrástica concretiza-se numa locução verbal constituída por:


Verbo auxiliar + Verbo principal

No quadro abaixo, encontrarás alguns verbos auxiliares e valores aspectuais da conjunção perifrástica:

Verbo auxiliar

Significado

Exemplo

Acabar + (de) infinitivo

Acção recém-concluida

Acabei de almoçar.

Andar + (a) infinitivo

Andar + gerúndio

Acção durativa, continuada

Ando a fazer dieta.

Começar + (a) infinitivo

Início da acção

Comecei a estudar mesmo agora.

Estar + (a) infinitivo

Estar + gerúndio

Estar + (para) infinitivo

Duração ou realização gradual da acção.

Proximidade da realização da acção.

Estou a jantar.


Estou para jantar.

Haver + (de) infinitivo.

Decisão ou certeza de praticar a acção.

Hei-de almoçar contigo qualquer dia.

Ir + infinitivo

Ir + (a) infinitivo

Ir + gerúndio

Futuro próximo.

Firme propósito de realizar a acção.

Acção progressiva ou realizadas por etapas sucessivas.

Vou jantar contigo amanhã.


Vou jantando enquanto falas

Ter + (de) infinitivo

Obrigação ou necessidade

Tenho de jantar mais cedo

Vir + (a) infinitivo

Vir + gerúndio

Resultado final da acção.

Desenvolvimento gradual da acção.

Vim a saber que ontem não jantaste.

Vim comendo, enquanto regressava


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