22/11/2009

SÍNTESE DE FREI LUÍS DE SOUSA- Acto II

No segundo acto a acção passa-se durante o dia, no palácio que pertencera a D. João de Portugal, onde predomina o «gosto melancólico e pesado», o que remete, desde logo, para a fatalidade e para a desgraça.

Cena I - Maria entra em cena, puxando Telmo pela mão. Durante a conversa entre ambos são focados os aspectos seguintes:

  • Maria invoca o início do romance de Bernardim Ribeiro, Menina e Moça, o que aponta para o seu próprio afasrtamento da família; 
  • comenta o facto de sua mãe viver de tal modo aterrorizada naquel palácio, que havia oito dias que se encontrava doente;
  • Telmo exalta as qualidades de coragem e patriotismo de Manuel de Sousa Coutinho; 
  • Maria refere o refúgio do pai, numa «quinta tão triste d`além do Alfeite», motivado pelo receio de represálias por parte dos governadores;
  • curiosa, interpela Telmo relativamente ao retrato que tanto assustara a mãe quando, ao entrar no palácio, «põe de repente os olhos nele e dá um grito»;
  • como Telmo tenta desviar a atenção de mrai sobre esse assuntro, conversam sobre D. Sebastião e Camões, cujos retratos também se encontram naquela sala.
Cena II - Manuel de Sousa Coutinho, ao entrar em casa, desvenda à filha a identidade da figura masculina retratada no quadro e que Maria afirma desconhecer, embora suspeite de quem se trata.

Cena III- Manuel de Sousa Coutinho e Maria falam sobre o ambiente religiosos que os rodeia e sobre D. João de Portugal. 

Cena IV- Jorge chega cm a noticia do perdão dos governadores por influência do arcebispo e convida Manuel de Sousa Coutinho a ir com ele, e mais quatro religiosos, a Lisboa acompanhar o arcebispo, como forma de retribuir o favor concedido. Manuel concorda, até porque tem de ir à capital, ao Convento do Sacramento, falar com a abadessa. Maria entusiasmada, manifesta vontade de acompanhar o pai. 

Cena V - Madalena, na presença do marido, procura mostrar-se forte e recuperada , mas ao tomar conhecimento da sua ida a Lisboa, nessa sexta feira, fica aterrorizada. Acaba, no entanto, por aceder e por autorizar a afilha a ir também. 

Cena VI - Madalena faz pressão para Telmo acompanhar Maria nessa viagem . 

Cena VII - Madalena , extremamente preocupada, despede-se de Maria e de Manuel de Sousa Coutinho.

Cena VIII- Manuel de Sousa Coutinho fica admirado com a reacção exagerada de Madalena, considerando os seus medos infundados e invoca o caso de Joana de Vimioso que, segundo afirma, não fizera aqueles « prantos, quando disse o último adeus ao marido ...».
Madalena, inicialmente irónica, horroriza-se com essa lembrança.

Cena IX- Monólogo de Jorge que se mostra apreensivo face ao que o rodeia, pois « a tods parece que o coração lhes adivinha desgraça...».

Cena X- Madalena revela a Jorge o motivo dos seus «temores»: aquele dia era fatal para ela, uma vez que fazia anos que casara com com D. João de Portugal, que se perdera D. Sebastião e que vira Manuel de Sousa Coutinho pela primeira vez, por quem logo se apaixonara, embora já fosse casada com D. João. 

Cena XI- Miranda comunica a Madalena a chegada de um romeiro que deseja vê-la e falar-lhe. Ela cede a receber o romeiro. 

Cena XII- Jorge aconselha Madalena a acautelar-se na presença do peregrino. 

Cena XIII- Madalena e Jorge recebem o Romeiro. 

Cena XIV- Em conversa com o Romeiro ficam a saber que este esteve cativo durante vinte anos, em Jerusalém; que é um homem só; que há três dias que viaja com o intuito de ali chegar; naquele preciso dia, para dar um recado a D. Madalena; que foi libertado há um ano...
Jorge impaciente, pressiona o Romeiro a falar sobre o motivo que o trouxe à presença de D. Madalena. Este, então, numa atitude fria e insensível, dá a conhecer que D. João de Portugal ainda se encontra vivo. 
Madalena  retira-se dali, «espavorida e a gritar».

Cena XV- Jorge reconhece D. João de Portugal na figura do Romeiro. 

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