CARTA AO FUTURO
Meu amigo:
Escrevo-te para daqui a um século, cinco séculos, para daqui a mil anos... É quase certo que esta carta te não chegará às mãos ou que, chegando, a não lerás. Pouco importa. Escrevo pelo prazer de comunicar. Mas se sempre estimei a epistolografia, é porque é ela a forma de comunicação mais directa que suporta uma larga margem de silêncio; porque ela é a forma mais concreta de diálogo que não anula inteiramente o monólogo. Além disso, seduz-me o halo de aventura que rodeia uma carta: papel de acaso, redigido numa hora intervalar, um vento de acaso o leva pelos caminhos, o perde ou não ai, o atira ao cesto dos papeis e do olvido, ou o guarda entre os sinais da memória.
Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro
INTERPRETAR
1. « Meu amigo» é o cabeçalho desta carta.
Quem será esse «amigo», o receptor da mensagem? Justifica a tua resposta.
2. O autor revela uma grande «atracção» pela carta.
2.1. Indica dois vocábulos que melhor traduzam essa ideia.
2.2. Classifica-os morfologicamente.
3. Qual é a função da carta para o autor? E para ti?
4. Explica o sentido da frase: «...porque ela é a forma mais correcta de diálogo que não anula inteiramente o monólogo.» (l.4)
5. O autor associa a ideia de aventura a uma carta. Porquê?
6. O texto que estás a analisar foi extraído da obra « Carta ao Futuro».
Explica em que medida o referido extracto está ou não de acordo com o título do livro.
EXPRESSÃO ESCRITA
1. Agora é a tua vez de redigires uma carta ao futuro.
Como é que posso obter a correção da ficha »Carta ao futuro«, de Virgílio Ferreira?
ResponderEliminarGostaria de saber onde posso encontrar a correção desta ficha?
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